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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Mas e daí...

... se eu tenho medo de mudanças?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A gente não quer só comida.

A gente quer um monte de presente de Natal, isso sim!

Acabei de voltar do shopping, das compras de Natal. Meia-noite e vinte e seis. Cheguei lá umas 22h30 e demorei uns 10 minutos pra achar uma vaguinha pra estacionar. Passei uma hora pesquisando preço de um lado pro outro. Mais uma hora andando de uma loja pra outra pra gastar meu precioso décimo terceiro em presentes. Tudo bem, trabalhei o ano todo e agora é hora de recompensar as pessoas de quem eu gosto por terem me aguentado o ano todo também.

E, como todo mundo, eu faço isso, ano após ano, e participo de amigo secreto, e peço presente de Natal, e compro coisas pras pessoas, e ganho um monte de coisas e fico feliz. E gasto dinheiro na ceia, na roupa do Natal, na roupa do Ano Novo, nisso, naquilo. E reclamo hipócrita que o Natal é uma porcaria de uma data comercial. E é mesmo! E a gente gosta mesmo é disso. É de gastar dinheiro, de ganhar presente, de comer até não poder mais, de presentear as pessoas de quem a gente gosta de acordo com as condições que a gente tem. Maldito mundo material. É disso que a gente gosta! Porque conforto e bem-estar fazem parte de uma vida feliz.

Mesmo que eu tenha que jogar todo meu charme de "Olha a minha cara de adolescente e pensa em quanto dinheiro eu devo ganhar... parcela pra mim em 5, vai?".

terça-feira, 20 de abril de 2010

Muito tempo atrás...

Está frio. Talvez não esteja tão frio quanto o frio que eu estou sentindo, mas está frio. Aqui é gelado. Tem um lençol e três cobertores sobre meu corpo, mas tudo que eu posso sentir é o vento gelado que passa na direção da minha orelha direita. Sempre durmo com esse ventinho irritante. Meu ouvido vai ficar inflamado. Sempre fica.

Tudo é sempre meio igual por aqui. As conversas se repetem, os sons se repetem, os cheiros se repetem. As cores, as coisas, a comida, os livros, as ideias. Tudo é sempre rígida, severamente igual. O mesmo marasmo da vida de todo dia.

Estranho pensar que tudo isso sempre pareceu certo, natural, e que de repente não faça mais o menor sentido. É quase como se alguém batesse na porta, pegasse o roteiro antigo e entregasse outro. “Toma, essa é você agora”. “Peraí, mas... a minha personagem! A personagem que eu representei durante todos esses anos, você não pode simplesmente...”. E a porta se fechasse com um baque surdo.

sábado, 16 de maio de 2009

Tinha um vampiro no ônibus.

É, um vampiro. Ele tinha cara de vampiro, jeito de vampiro, roupas de vampiro. Usava um daqueles sobretudos compridos, pretos. Calça social preta, pernas cruzadinhas e sapato preto.

O cabelo era meio ondulado, penteado para trás com esforço, alguns fios meio rebeldes. O olhar era taciturno mas os olhos eram meio esbugalhados, como aqueles vampiros de filme. Só não eram vermelhos. Deviam ser lentes de contato.

Ele parecia meio assustado e a certa altura resolveu colocar os óculos, de lentes grossas e coisa e tal. Se ele usava lentes de contato, podia ter comprado lentes com grau, de uma vez.

Mas o tal vampiro era um cara meio irônico. Ele mantinha as mãos unidas sobre o colo, como quem faz uma prece. E também, percebi quando estava passando, uma tatuagem que devia ir do cotovelo até o pulso, um tribal meio maluco, mas que terminava numa cruz.

Eu realmente vou postar isso?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Insanidade

Você voltoou!
Voltei? Por quê? Eu tinha ido viajar?

Você sumiu...
A gente nunca some, tá sempre aí.

Mas você não parou de escrever?
Claro que não, na minha memória tá tudo escrito e descrito.

E quando vai me deixar saber, então?
Em breve, em breve. Relaxa que tá tudo sob controle.

E a faculdade?
Bom... a melhor coisa dela é quando eu descubro que não preciso ir, mas tá legal, tá legal.

E o TCC?
O T-o-quê?

Ah... você não quer falar disso?
Falo, falo de qualquer coisa. O que você quer saber?

Ah, sei lá, conta aí o que quiser.
Então tá bom, eu te deixo saber umas coisinhas, aos poucos, nas próximas semanas.

Você é maluca.
Ah, jura? Conta uma novidade, então, bem.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Filosofia barata - e molhada.

Tem muitas coisas estranhas que eu tenho o costume de fazer; isso vocês já sabem. Mas tem uma, em especial, que me faz relaxar e nem perceber o tempo passar: é observar gotinhas de água na janela do carro em movimento.

Sábado passado eu fui pra Águas de Lindóia com os meus pais. Só pra passar de sábado pra domingo mesmo, aproveitar um pouco do sol antes da longa semana de trabalho. Meu pai não é das pessoas mais tranquilas no trânsito; digamos que ele é que me inspira a fazer 120km/h na 23 de Maio e coisas do tipo. Logo, ele devia estar a mais ou menos essa velocidade na estrada. Estava sol, mas juntaram-se algumas nuvens e o carro recebeu algumas gotas de chuva.

Na minha janela, no lado de fora, sobraram alguns pinguinhos quando o sol voltou. E, àquela velocidade, os pingos, obviamente, corriam para a parte de trás do carro. Não digo que eles corressem, com perninhas e tudo, mas eles simplesmente se encaminhavam pra lá. Como se fosse esse o caminho que eles deviam fazer, de qualquer jeito.

Fiquei parada uns bons minutos concentrando minha atenção nas gotinhas. Algumas mais grossas, outras quase que imperceptíveis; algumas eram mais rápidas, outras tentavam alcançá-las, como numa corrida. E as que se unem para aumentar a velocidade e alcançar o outro lado? E as que cortam caminhos, então?

Fascinante a trajetória das gotículas de um extremo a outro do vidro da janela. Lembrei-me de quando eu era menorzinha, e, com preguiça de tomar banho, parava debaixo do chuveiro olhando as gotinhas escorrendo. Do mesmo jeito, de cima a baixo do vidro, algumas menores e outras mais grossas, que rasgavam o caminho engolindo as adversárias. Eu era capaz de ficar muitos minutos ali parada, pensando na vida; ou pelo menos até minha mãe bater na porta do banheiro e perguntar se estava tudo bem, me mandando desligar o chuveiro.

Adoro observar coisas pequenas; e a sua participação no todo. As gotinhas caminham do teto ao chão do banheiro porque é seu caminho natural. Assim como os pingos de chuva atravessam o vidro na horizontal porque assim lhes convém; porque a velocidade do carro indica o caminho que eles devem seguir; e mesmo contra a vontade, é para lá que eles vão.

Não era assim que eu tinha pensado em terminar esse texto, mas... acabo de parar para pensar: somos todos gotinhas, indo aonde o vento nos levar. Prontofalei.