quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Musicando.

Nossa, eu ando ouvindo umas coisas estranhas.
Meu lado “Vamos curtir musiquinhas nacionais” tá se revelando em extremos que eu nem sabia que eram possíveis.

E isso me lembra que a minha “trajetória musical” não é das mais louváveis. Do tipo alguém que começa a vida ouvindo Spice Girls e Backstreet Boys, como toda garota de 9 anos. Mas ao mesmo tempo adora Leandro e Leonardo. E depois passa a ouvir The Calling e Red Hot Chili Peppers. Até aí, tudo normal. Até que chega a tal da adolescência e a pessoa inventa que gosta de metal, só porque simpatiza com umas três ou quatro músicas do Metallica ou do Guns’n’Roses. E dessa fase de metaleira, vai pro Hardcore e depois tem até uns lapsos de emo. Éééé. E bom, depois recupera a sanidade mental e descobre que existe música muito além do que toca no rádio, e descobre os rockzinhos alternativos, indies da vida e tudo. E se empolga absurdos de saber que vai no show do The Killers. E do nada começa a se dar conta que sempre gostou de MPB e Bossa Nova. E de um dia pro outro fica viciadinha em Chico Buarque e Marisa Monte.
É, gente. Cada coisa bizarra.

Eu me surpreendo comigo mesma.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Cadê as férias?

Só pra registrar minha indignação com:

a) Desorganização de instituições de ensino particulares que insistem em, ano após ano, continuar marcando todas as avaliações, provas e entregas de trabalho para a mesma semana, justamente com o objetivo de sobrecarregar os pobres coitados dos alunos pra que eles não consigam atingir o máximo desempenho permitido por seu potencial.

b) Desorganização dos pobres coitados dos alunos (representados aqui por mim mesma) que não pensam em preparar os trabalhos/ler os livros com antecedência, e por conseqüência, caem nas armadilhas dos professores e ficam com tudo acumulado pra fazer em uma semana e têm 100 páginas pra ler pra ontem pra fazer uma resenha.

c) Irresponsabilidade desses mesmo alunos, que, apesar de terem conseguido se desvenciliar de um mecanismo de comunicação instantânea cujo nome possui três letrinhas, continuam em parte dependentes da máquina e de outras coisinhas como esta em que estou escrevendo nesse dado instante e uma outra que agora permite que se adicionem fotos à vontade.

Sem mais; Fama e Anonimato me aguarda.

domingo, 16 de setembro de 2007

Metalinguagem Inversa

Tá, nada mais inútil do que escrever um post sobre a falta de posts no blog. Mas sabe como é, ainda acho que é menos feio do que não escrever nada. Afinal, eu criei isso aqui pra escrever alguma coisa, e se eu não escrever, os poucos que me lêem vão virar nenhum.
Mas eu juro que não achei que fosse ser tão difícil arranjar criatividade pra escrever pra essa joça. Os temas são tão variados, e tão espalhados-pelo-mundo-afora que é impossível escolher um só, sentar e redigir um texto. A não ser que aconteça alguma coisa, ou que eu presencie alguma situação bizarra. E sem querer entrar de novo naquela história manjada do ônibus, mas já entrando... Todas as situações bizarras que eu presencio são em ônibus por aí. Claro que isso se deve em grande parte ao fato de que eu moro a milhões de quilômetros da faculdade, e levo mais ou menos umas... 95 horas pra ir e voltar de lá todo dia. (Ok, na verdade ida e volta eu devo gastar umas 2 horas. Mas mesmo assim.) Que seja.
Além da falta de criatividade e da variedade de temas, vale contar a minha incapacidade de manter o foco. É só ver aí pelas linhas de cima, que se destinavam a descrever os motivos pelos quais isso aqui parece master desatualizado, e acabaram parecendo um desabafo a respeito de enfadonhas jornadas dentro de ônibus lotados. E nada mais metalinguístico do que este parágrafo. Alguém consegue ver algum tipo de foco por aqui?
E hum, antes que o estado do post piore, fico por aqui. Com a promessa (promessa é muito forte, vai que eu não consigo cumprir...). Com o plano de voltar em breve (sim, em breve!) e com algo construtivo e útil pra dizer. Aloha!

sábado, 8 de setembro de 2007

Sempre me pego ouvindo conversas alheias no ônibus, no trajeto de casa para a faculdade ou vice-versa. (Pra falar a verdade, até pensei em fazer desse blog um “Conversas de Ônibus”, mas achei que todo mundo ia acabar enjoando).
Dia desses passávamos em frente ao aeroporto de Congonhas, como sempre (diga-se de passagem que o acidente com o avião da Tam afetou absurdamente a vida de todos os pobres passageiros de ônibus que vão para o centro todos os dias e têm como principal via de acesso a avenida Washington Luís). Enfim, passávamos em frente ao aeroporto quando me percebi prestando atenção à conversa de duas moças:
- Ai, me dá até aflição olhar pra esses escombros.
- Ouvi dizer que vão construir uma praça no lugar do galpão.
- Cruzes! Eu não teria coragem de sentar num banquinho nessa praça.

É impressionante a superstição humana.

O trânsito continuava, e, mais para frente, a conversa mudou de rumo.
- Ah, mas avião é muito mais rápido e confortável; meu cunhado foi para a Bahia esses dias. Ficou com medo, mas valeu a pena.
- Eu queria ir para a Paraíba visitar minha mãe, mas de avião eu não vou não.
- Porquê? É tão rápido... Para a Bahia só demorou 3 horas e meia.
- Será? Pra Paraíba demora mais de um dia.
- Impossível! Pros Estados Unidos são horas... Vê isso direito que pra Paraíba deve ser um pouco mais que pra Bahia.
E a outra teimava; retrucava; insistia mesmo tendo seus argumentos derrubados.

É impressionante a ignorância humana.

Desci do ônibus, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, inconformada. Contei o diálogo para todo mundo que encontrei naquele dia, mas ninguém pareceu se importar muito além do suficiente para dar umas risadas da ignorância da moça. Só sei que até hoje não esqueci da tal mulher; fico me perguntando quantas pessoas no mundo sabem menos sobre qualquer coisa que aquela moça inocente. E, no entanto, foi com ela que me surpreendi.

Tá, tudo bem, na verdade isso vai acabar não fazendo diferença na vida de ninguém e ninguém vai fazer nada para mudar. Legal, porque eu escrevi isso tudo à toa. E legal, porque pessoas como a moça que acredita que uma viagem de avião daqui para a Paraíba dura um dia continuam vivendo suas vidas, trabalhando e se sentando em bancos de pracinhas – contanto que não fiquem sabendo de alguém que tenha morrido ali.

É impressionante o conformismo humano.


Ps - By the way, tô procurando alguém que me faça um template legal... Alguém se habilita? =)

sábado, 1 de setembro de 2007

Tentando começar.

Começar. Do Dicionário Aurélio: V. t. d. 1. Dar começo a; principiar, iniciar, encetar. T. i. 2. Dar começo ou princípio; principiar 3. Ter princípio ou começo 4. Dar começo. 5. Fazer a primeira experiência ou tentativa em algum campo.

Ok, esse último até que serve, acho. Tudo bem que não é exatamente a primeeeeeira experiência, porque, hum, quando eu tinha uns 13 ou 14 anos, eu tive mais ou menos uns 37 blogs. Era blog só meu, blog com as amigas da escola, com a amiga carioca, blog pra cada desenho animado japonês que eu gostava. Não preciso dizer que nenhum deles sobreviveu por muito tempo. A onda dos blogs acabou tão rápido quanto começou. Ou pelo menos dos blogs naquele estilo “diário-da-garota-que-quer-contar-para-o-mundo-o-que-fez-hoje”, ou ainda “site-secreto-que-todo-mundo-lê-onde-eu-escrevo-o-que-quero-que-achem-que-estou-sentindo”.
De uns tempos pra cá, comecei a perceber que os blogs têm utilidades muito mais... úteis! E depois de muita pressão (BEM mais interna que externa, convenhamos), criei coragem para me aventurar por esse campo tão belo e mágico (não).

Pra falar a verdade, blog não devia ter título. Nada devia. Todo mundo perde muito mais tempo no título do que no texto inteiro.

Foram dias de pensamentos, rabiscos, rascunhos, perguntas por aí, consultas a amigos. Até que... bom, até que eu desisti e escrevi a primeira coisa que me veio à cabeça. E, hum, títulos são auto-explicativos, não? Pelo menos eu esperava que fossem. Mas, para os curiosos de plantão: à primeira vista pode parecer idiota, mas pense em algo que te faça dar voltas, dê trabalho e tome tempo. Analogia. É mais ou menos o mesmo que analisar o comportamento humano para mim.
E, finalmente, sem mais delongas, eu me despeço. Por hoje. Bem-vindos à minha maluquice particular.