Véspera. Peru, arroz, salada. Telefonemas, visitas, árvore. Caixas, fitas, embrulhos... embrulhos? Embrulhos faltando. Pra quem mesmo? Aaaaai pra aquela amiga!
E eis que, na véspera do Natal, eu me vejo... procurando a ponta do durex. Tudo bem, é pra embalar um presente de última hora, mas a metáfora é válida. Porque o Natal é no mínimo intrigante. Sei lá, todo mundo se reúne em volta da mesa pra comer, beber, conversar. As pessoas ficam de bem com a vida e com elas mesmas como em nenhuma outra época do ano. Trocam presentes. Algumas rezam, algumas agradecem. Algumas resolvem perdoar alguém porque é Natal, ligar para algum amigo com quem não falam há muito tempo, porque é Natal. E por quê?
No fim, é uma festa meio mágica... apesar de ter tido seu significado deturpado nos últimos anos, com essa coisa de ganhar presente e comer e ok, eu confesso que também não ligo muito pro nascimento de Cristo quando vejo aquelas caixas lindas de presente e aquela árvore tooooda enfeitada e a comida – ah, a comida – em cima da mesa.
Pra falar a verdade, eu nem sei o motivo, ou se tem motivo. Mas o Natal me deixa assim toda boba (mais do que o normal)... Mesmo que eu passe em casa, só com os meus pais mesmo, mesmo que eu não tenha nada pra fazer nessa noite tão bonita a ponto de postar no blog praticamente à meia-noite, eu me arrumo toda e enfeito a mesa e tiro fotos... E lembro de cada uma das pessoas que eu gosto e que estão longe. Ou nem tão longe assim, mas que não estão comigo, e desejo tudo de bom mesmo pras pessoas com quem eu não simpatizo muito, e fico radiante o dia inteiro, o que quer que aconteça!
E ainda tem quem não acredite no espírito natalino...