domingo, 2 de março de 2008

Da vontade de viver tudo aquilo.

Teatro é mágico. (E não foi um trocadilho, porque eu nem gosto muito do Teatro Mágico, apesar dos esforços contínuos de muita gente pra me fazer gostar).

Mas é mágico. Mágico pelo que é, pelo que não é e pelo que representa. Por todas aquelas pessoas juntas fazendo aquilo porque gostam, só pelo prazer de estar ali, porque acham importante ser parte daquele conjunto, daquela obra, daquela arte. Arte, conjunto. Todos juntos. Pela arte.

Quando a gente assiste, nem sonha com o trabalho que deve ter dado, com o tempo que eles devem ter gasto pra que tudo ficasse perfeito nos mínimos detalhes. Parece que é tudo calculadinho pra dar certo. E se alguém desliza, ninguém nem percebe. Porque ninguém está ali pra perceber, pra reparar. A gente só quer curtir o momento, quer que não acabe nunca.

De uma forma ou de outra, aquele tempo é único, para cada um. Para nós mesmos. Para parar. Para pensar. Para viver as coisas que não vivemos de verdade, mas só ali, diante do palco, na vida que eles dão a pessoas que não exist... ah, existem sim. Naquele momento, durante os instantes em que eles vivem aquilo, os personagens existem. Não vemos os atores, vemos? Vemos os personagens, e por alguns instantes acreditamos que eles são reais, nos envolvemos com a trama e cremos – não por inocência, mas por conveniência – que aquilo tudo pode existir. E então, eles existem! E vão existir para sempre, depois de encenados uma única vez. Vão existir na memória, vão existir na lembrança, no coração e no amor de quem viveu. De quem sentiu na pele, de quem sentiu nos olhos e na imaginação.

Depois que acaba, fica aquela sensação boa, aquela vontade de voltar, aquelas imagens voltando a todo momento. Comentários com os amigos, as músicas, a roupa daquela moça, o cabelo daquele outro, e ele não era a cara daquele ator de Hollywood? Acaba, sim. Mas a gente pode fazer durar o tempo que quiser. As lembranças são nossas, já nos apropriamos de tudo aquilo – e o melhor, sem tirar de ninguém. Tudo que é bom costuma ficar melhor quando é compartilhado. Tudo que é bom, bonito, mágico.

Mágico.

8 comentários:

Mar e Ana disse...

Noooooossa :}
Atrasou mas valeu a pena o/
Foi arrepiante lembrar das peças de teatro que eu já assisti e deu muuuuuita vontade de ir de novo!!!

:****

(pode parecer estranho pq a gnt ainda nem se conhece pessoalmente e talz, mas eu to com saudade Boh...)

Anônimo disse...

Oi Boninha! =)

Eu adoro teatro! ( e juro que tentei gostar do teatro mágico, mas não deu muito certo, não gosto da mania de brasileiro 'cult' de botar poesia em tudo).

Só faltou a senhorita dizer que peça foi assistir ^^

Bjãoo!

Ps: sumida!

Camilla disse...

Po, eu adoro teatro. E eu não tenho nada contra peça com famosos, tipo Fagundes (que segundo minha empregada, é "um pão") hauahuahua

E valeu por lembrar da aula do Heitor. Yes, porque eu mereço! (Bem no estilo L'oreal de ser) (Y)
HAUAHUAHUA

Anônimo disse...

Começa assim, viu.
É tudo que eu digo. (:



Ah, lembrei do Kaspar... :~
Perdi. Pelo jeito, mais do que eu pensava.

:*

Tchelo disse...

Éééé, eu tb adoro teatro.
Novidade pra vc, neh?! hauhaua

Realmente, o teatro tem algo de mágico q nao da pra explicar direito. Mas sabe, eu sinto um pouco de falta de assistir a alguma peça assim como vc. As vezes eu fico reparando nas atuaçoes (principalmente qndo é peça q algum amigo meu ta fazendo).... mas isso nao tira a magia!
E teeemos q ver uma peça, hein!
Beijooo, Bo. =)

Alessandra Castro disse...

Já fiz peças e me lembro bem como era o sentimento de plenitude, perdi a mão, atualmente morro de nervosismo com qualquer coisa. O teatro aki na ilha de lost nem é valorizado, trash mesmo. Uma pena!

Até mais boneca e muito muito obrigada pelo comentário. ;**

Stigger disse...

Certo, guria, vou te linkar por aqui também. Aliás, me adiciona no orkut. O link tá nos links do meu blog.

=*

Anônimo disse...

Por isso que faço teatro, faço parte de um grupo de teatro. E é bom, como é bom.
Aliás, assisti uma peça sábado, é tão bom, né?
:D
;*