sexta-feira, 28 de agosto de 2009

And time goes by.

- Você já foi melhor.

- Você também.

...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Evening Elegance

Dá aflição ver essas teias de aranha, essa página ressecada, essas cores pálidas; mas às vezes simplesmente não dá pra fazer nada contra. As ideias fogem e quando a gente tenta correr atrás delas acaba tropeçando em outras ideias. Que fogem. E quando a gente tenta correr atrás delas, acaba tropeçando em outras ideias... E daí pra diante.

Hoje na volta pra casa, parada no trânsito caótico de São Paulo, eu enfiei os fones no ouvidos mas não quis abrir o livro pra ler. Porque eu estava pensando e, tá, eu sei que pra pessoas como eu pensar dá um pouquinho de trabalho, mas enfim... Eu estava pensando em coisas que não me deixariam me concentrar no livro.

É engraçado porque às vezes dá vontade de olhar pras pessoas na rua e descobrir o que tem ali dentro de cada uma. Hoje eu esqueci tudo que me incomodava pra olhar pra fora e ver os outros. Sabe quando tudo te diverte/inspira de algum jeito? O reflexo do celular do cara da frente no vidro, e ele achando que ninguém poderia ver o que ele estava escrevendo. A moça que trocou de lugar com uma outra só pra deixá-la perto da amiga (aliás, a moça era tão magrinha). A outra moça bonita que queria que tivesse um ponto de ônibus bem na frente da casa dela pra não ter que andar o quarteirão de volta.

Não, não penso as coisas pra terem sentido. Não digo coisas com sentido, não sonho coisas com sentido e nem faço muita coisa, absolutamente, com sentido algum. Só... as coisas acontecem, os pensamentos surgem, as frases saem antes que eu possa contê-las e os sonhos... bom, eles fazem parte do subconsciente. Não sei o sentido da vida, do universo e tudo mais. Não preciso de sentido pra viver, embora quase me enlouqueça não saber se existe algum.

Não vivo com sentido e nem preciso de sentido pra viver, só vivo. Vivemos, seres humanos. Até onde eu sei. Não que eu saiba muito.