segunda-feira, 30 de junho de 2008

A menina, o hambúrguer e o suco em latinha.

Foi um sábado comum. Fui ao shopping, comprei duas piranhas pra prender o cabelo que estava me irritando, fomos até à praça de alimentação, eu e meus pais, entramos na fila daquele restaurante, o Giraffa’s. Tudo bem que a comida não é lá essas coisas, mas é “comível” e estávamos com pressa pra arrumar coisas em casa, então... ok.

Pedimos o prato, escolhi bife à parmegiana com purê de batatas, achamos um lugar na praça de alimentação lotada. Enquanto esperávamos que chamassem nosso número, a mesa ao nosso lado ficou livre. E sentou-se uma família, ocupando os quatro banquinhos giratórios de metal.

Não gosto de assuntos delicados, muito menos do meu posicionamento em relação a este em especial; mas posso dizer que era uma família de peso. Pai e mãe, duas filhas. Todos acima do peso. Com lanches do Burger King – nada surpreendente – e... latas de suco Del Valle.

Se não fosse por isso, seria só mais uma família normal – acima do peso, ok, mas normal – almoçando num sábado normal. Mas as latas de suco, com aqueles lanches cheios de gordura, molhos e colesterol, me intrigaram. Comecei a prestar mais atenção neles. (Na família, não nos lanches).

A filha mais velha devia ter uns nove ou dez anos. Era muito bonita, tinha olhos verdíssimos e cabelo loiro comprido. A mais nova ia pelo mesmo caminho, com lindos cachinhos daqueles de menininhas de uns dois anos de idade. Enquanto a pequena se divertia com o brinquedo que vinha no lanche para crianças, a mais velha conversava com a mãe:

- Mãe... hambúrguer é carne, né?
- É.
- Então hambúrguer é saudável?

Ao que o pai se intrometeu:

- Não, filha, hambúrguer não tem nada de saudável.

Observei a expressão desapontada da menina; ela sabia que não estava sendo saudável, e queria ser. Comecei a pensar em como ela seria bonita se fosse magrinha, se cuidasse mais do cabelo loiro, se usasse roupas mais modernas...

Saímos de lá e fui cortar o cabelo. Não gostei do resultado. Depois passei em uma loja pra comprar uma calça jeans; como de costume, não encontrei nenhuma que me servisse. À noite, tinha uma festa de aniversário e não pude deixar de comer aquela pizza doce tão apetitosa.

E ainda quero ter moral pra falar da menininha?

domingo, 29 de junho de 2008

A gente somos inútil.

Tentei fugir dos meios de transporte. Mas foi meio inevitável.

Quinta-feira, eu voltava do trabalho (mais cedo, graças a Deus, pra terminar o último trabalho do bimestre) sentada no ônibus quase cheio ao lado de uma senhora. No banco lá do fundo, do lado esquerdo. A senhora estava mais perto da janela. Até aí tudo bem.

Acontece que a tal da senhora tinha um saquinho de doces no colo. Uma sacolinha amarela, pequena, com vários pirulitos dentro. Só que não eram pirulitos normais, eram pirulitos em formato de... fantasmas. E cor de laranja. E tinham cheiro de laranja, também. Ok, eu já estava achando que a mulher era meio bruxa.

Aí ela abriu um pirulito, pegou o plastiquinho preto que o envolvia e jogou pela janela. Deve ter ido entupir algum bueiro por aí. Eu olhei feio pra ela (a chata). Aí ela chupou o pirulito e jogou o palito também pela janela. Eu olhei feio pra ela, mais uma vez (sim, a chata). E nós estávamos sentadas a dois passos do lixo!!!

Tudo bem. Eu já tinha olhado feio umas duas vezes. Aí a tal da mulher olha pra mim, com o maior sorriso amarelo (ela tinha os dentes separadinhos... deveria ter me lembrado o curinga do Batman, mas pra ser sincera me lembrou a bruxa da Branca de Neve... entendam porquê) e diz, inocentemente:

- Quer um pirulito?
- Ahn? (tiro o fone de ouvido)
- Um docinho... quer?
- Ah, não, obrigada. (sorriso amarelo)
- Mas tem um monte, olha!
- Não mesmo, obrigada.

Como se não bastasse, ela tirou outro pirulito da sacolinha e repetiu o ritual do primeiro: plastiquinho pela janela e então...

- (Cutuca o braço da senhora) Senhora, tem um lixo ali ó.
- (Sorriso amarelo) Ah, agora já foi...
- Tudo bem, vai ter o próximo.

Na hora, senti que havia feito minha boa ação do dia. Mas agora, postando isso aqui, estou me sentindo imensamente idiota. Alguém me diz o motivo?

terça-feira, 24 de junho de 2008

Treze minutos

Cá estou eu, frente a meu trabalho de Ciência Política – para amanhã – pela metade. São 18:29, o que quer dizer que eu tenho aproximadamente quatro horas para terminá-lo, se eu quiser ir para a cama num horário decente. Mas, como algo me diz que isso não vai acontecer, de todo jeito, como não tem acontecido ultimamente, não estou tão desesperada quanto eu normalmente estaria.

Só sei que já faz duas semanas que eu não escrevo nada por aqui, e eu sinto como se estivesse sendo meio negligente. Não com o blog – ah, metáforas – mas com a vida em si. Comigo mesma, com a faculdade, com as pessoas que me cercam... especialmente as pessoas. Pessoas de que gosto e de que não quero me afastar, por mais que isso signifique amadurecimento.

As pessoas não mudam por querer. Não costumam ficar pensando que vão agir diferente hoje, que vão fazer isso assim ou assado pra conseguir chegar a algum lugar. Pelo menos não eu. Mesmo porque eu não tenho pensado em chegar a lugar nenhum at all.

Sinto falta de um tempo em que eu não tinha com que me preocupar – e dessa vez eu não estou falando daquela gloriosa época colegial em que não havia questões de Ciência Política a serem redigidas em quatro horas. Sinto falta de pessoas, de momentos, de oportunidades que perdi. Sinto falta das horas à toa sentada no chão, das conversas bobas, de chupar pirulito com chiclete no intervalo, de passar bilhetinho na aula, de encostar na parede e dormir na hora errada. Sinto falta de momentos que deixei passar por vergonha, por medo ou por insegurança.

Esses dias, um amigo me disse que eu andava desanimada: “Você não era assim quando eu te conheci”. E olha que não faz muito tempo. Acho que eu deveria começar a me preocupar.

(E só pra constar, são 18:42 agora. Acabo de perder treze minutos do meu precioso tempo a ser dedicado à Ciência Política.)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Aqueeele dia.

Não sei se é curioso, mas o Dia dos Namorados nunca me irritou. De verdade.

Ok, concordo que é bem estranho ver aqueles casaizinhos no melhor estilo siamês de ser se agarrando loucamente na rua. Ou então trocando presentinhos na maior melosidade. Dizendo fofices absurdas. É meu amor pra lá, meu bem pra cá, mimimi, nha, nhu, nhi, te amo, te adoro, você é meu bem querer, é segredo é sagrado, está sacramentado no meu coração.

Mas ao mesmo tempo, tem casais bonitinhos. Tão bonitinhos que até dá vontade de ser igual. Tenho várias amigas e amigos que formam casais lindinhos com os respectivos pares, e me orgulho muito deles. Não importa a idade, o que faz da vida, a classe social. Ah, e não precisa ser meloso pra ser bonito, não precisa ficar se agarrando publicamente pra demonstrar amor. Os casais contidos são os mais dignos. E bonitos de se ver.

Tudo bem também que é a maior enrolação essa história de ter Dia dos Namorados e não ter Dia dos Solteiros. Aí a gente diz que todo dia é dia dos solteiros. Mas lá no fundo, a gente sabe que não é a mesma coisa. Já passei muito Dia dos Namorados sozinha, muito. Já passei acompanhada também, e confesso que ah, é bonitinho. Mas é como qualquer outro dia do ano. Tipo Natal. Dia de ganhar e dar presente. E de comer coisas gostosas.

Além disso, pra presentear as pessoas de quem a gente gosta, não tem que ter hora nem lugar. Viu uma coisa que ele vai gostar? Leva pra ele. Passou na loja que tem o chocolate que ela a-do-ra, compra uma barra. É legal existir a data. Pras empresas por aí, então... vixe. As vendas aumentam absurdos. Mas não é estritamente necessário.

E mesmo assim, o tão comentado dia não me irrita. Coitado, não tem culpa de ter sido criado, quem inventou (quem inventou???) não queria deixá-lo marcado como uma coisa negativa pros solteiros de plantão. Ele está lá, deixa ele lá, não me irrita. Não gosto quando as pessoas menosprezam, sabe. É bonito, até.

Sem mais, fico por aqui. Feliz Dia dos Namorados pra quem namora! E pra quem não namora também, poxa. A gente tem que ter um dia feliz aaaanyway.

(E falando em felicidades, felicidades pra Cláu, querida, que, curiosamente, nasceu naquele belo e formoso dia 12 de junho de 1988, pra alegrar a vida de um casalzinho lá).

segunda-feira, 9 de junho de 2008

The Fratellis e o blog de novas tecnologias

Ok... o post foi escrito pro blog de Novas Tecnologias, o Seguindo a Canção, e tá lá, inclusive. E nem tá muito bom. Mas ah... é Fratellis, eu precisava postar aqui. Então lá vai:


Mais maduros, The Fratellis apostam no sucesso do álbum anterior e lançam Here we Stand


Se você é daqueles que só ouvem rádio o dia todo, é pouco provável que conheça The Fratellis. O trio escocês de rock alternativo começou a carreira em Glasgow em 2005, e já fez fama internacional, sem tocar em praticamente nenhuma rádio brasileira. A banda faz parte do grupo de músicos que tem feito sucesso através da internet, em sites como o MySpace e o Last.fm.

Em 2007, Jon, Barry e Mince ganharam milhares de fãs e venderam mais de um milhão de CDs com Costello Music, de estilo único, batidas marcantes e letras inteligentes. Agora, é a vez de Here we Stand. O novo disco deve chegar às lojas no próximo dia 10, mas os mais apressados já podem ouvir as canções no MySpace, ou fazer o download através da internet.

Mais madura, a banda aposta em hits mais sérios e menos “brincalhões”; mas não perde a identidade. Basta ouvir um verso do primeiro single, Mistress Mabel, para reconhecer a inconfundível voz de Jon Fratelli. E, mesmo com um ano a mais de estrada, músicas como My Friend John e Tell me a Lie lembram a animação do primeiro disco.

Desafio lançado, os músicos procuram bater a vendagem do primeiro álbum e conquistar mais fãs fora da Europa, onde fizeram nome. Em release no site da banda, Jon diz que a música, algumas vezes, define o artista. “Eu gostaria que a música que nós fazemos nos definisse”, completa. Pode acreditar, Jon, ela define.

Assista aqui ao primeiro single, Mistress Mabel:


Gostou? Ouça mais:

http://www.thefratellis.com/
www.myspace.com/littlebabyfratelli

domingo, 1 de junho de 2008

Meme das 3 coisas (por que isso tem esse nome???)

Well, vamos lá. Tá na hora de postar alguma coisa por aqui, então vamos ao meme das 3 coisas, que eu não sei porque tem esse nome, mas que eu recebi da , que aniversariou ontem e parabéns, Cá!

Deve-se responder 15 questões, sendo 3 alegrias, 3 medos, 3 objetivos, 3 obsessões atuais/coleções, 3 fatos surpreendentes… Depois, indicar para 5 pessoas.

Então vamos lá:

As 3 alegrias:

- Meus amigos, porque eu não vivo sem eles;
- Música, porque esses dias a Re me perguntou como seria a vida sem música e eu respondi que, bom, não existiria vida;
- Livros. Ahhhh livros.

Os 3 medos:

- Afogamento (nada a ver com o fato de eu sempre sonhar som isso, não);
- Perder as pessoas que eu amo (gay);
- Mostrar o que eu sinto, é, pois é.

Os 3 objetivos:

- Descobrir o que eu gosto de fazer – torcendo pra que seja algo que dê dinheiro;
- Casar e ter filhos, fato, sou bobinha meeeesmo;
- Aprender finalmente a tocar piano.

As 3 obsessões atuais:

- Weezer (Meu Deus, eu nunca pensei que fosse TÃO viciante);
- Minha cama, porque quando eu tenho tempo livre é pra lá que eu vou;
- Grey’s Anatomy (ooooi, eu tô vendo uma série na TV!).

Os 3 fatos surpreendentes:

- Eu aprendi a ler com 3 anos (e tudo bem, é o único motivo pelo qual eu realmente fico me achando);
- Digo que duvido e desconfio das pessoas... mas acabo acreditando nelas muito mais do que eu devia;
- Me iludo (desculpem pela colocação pronominal errada, mas “Iludo-me” ia ser o ó) muito fácil com as coisas e tenho impulsos pra fazer coisas x. Ainda bem que eu não sigo todos eles.

Os cinco indicados:

Ah... sinceramente? Sei que se eu indicar pessoas, nem todas vão querer fazer e blábláblá... Então, sugiro pra quem quiser (especialmente pra quem não postar há muito tempo e não tiver idéia do que escrever, assim como eu) ;)