terça-feira, 29 de abril de 2008

As famosas 8 coisas

Só porque a Re (clica, clica, aprendi a postar link haha) pediu/mandou/indicou E eu não tenho nada pra postar E esse blog nunca vai virar nada jornalístico pra que a Brambilla possa avaliá-lo para a disciplina de Novas Tecnologias... vamos postar as oito coisas que eu preciso fazer antes de morrer.

1. Morar em Londres [2] - (Desculpa, Re, esse não dava pra mudar, de jeito nenhum)
2010, aí vou eu. E não quero nem saber se eu vou ter dinheiro, emprego ou lugar pra morar. :)

2. Aprender a tocar piano
Porque eu toco teclado que nem o meu nariz e é MUITO longe do que eu gostaria.

3. Aprender a tocar violino
Ok, é um sonho bobo, mas tem coisa mais linda que uma orquestra com piano e violino??? Gentem.

4. Ler todos os livros que eu quero ler
Tá, eu seeei que não era pra fazer planos impossíveis de se cumprir aqui. Mas sonhar é válido, não é?

5. Escrever um livro
Já comecei taaaantos. Um dia eu acabo algum deles, nem que seja pra criancinhas. :)

6. Entrar numa calça tamanho 34
Ham, porque eu não consigo fugir dos temas impossíveis? (Ham, me xinguem, eu gosto).

7. Operar a vista
Porque eu não agüeeeeento mais "tira óculos, põe óculos, tira lente, põe lente, pinga colírio, vai no oftalmologista". Uns lazerzinhos acabam com isso em dois tempos. Enfim.

8. Casar, ter três filhos, fazer festinhas família e amigos e ah, isso aí
Porque eu ainda sou uma menininha boba que acredita em contos de fadas E espera o príncipe encantado, ok?

sábado, 19 de abril de 2008

Ledo engano.

Ontem eu estava voltando pra casa, no ônibus, espremida e esmagada, como sempre. Eram cinco e pouco e o ônibus estava, obviamente, entupido de pessoas espremidas e esmagadas como eu, esbarrando (quanta palavra que começa com “es”, credo) umas nas outras. E claro, como sempre, eu estava no meu mundinho autista. Com o iPod ligado no último volume ouvindo... ouvindo... ai, acho que era Muse. Ou Fratellis. Que são as duas coisas que eu mais tenho ouvido no momento. Enfim.

Só sei que de repente, quando passávamos sobre o viaduto... qual era mesmo? Luís Eduardo Magalhães, acho. Enfim, quando passávamos por ali, senti uma mão no meu ombro. “Ok, uma mão no meu ombro. Ou é alguém espremido e esmagado como eu tentando me pedir licença, ou é alguém que eu conheço”. (Foi o que deu pra pensar naquela fração de segundo). Virei o rosto lentamente para a esquerda e vi um rapaz careca, meio cheinho, mas com belos olhos verdes, com um sorrisão aberto pra mim. Sorri meio de lado, fiz uma cara de “ahn?” e tirei o fone direito, porque a mão direita era a que estava mais livre.

“Oi”, ouvi. “Oi”. Eu não sabia quem era o sujeito. Nunca tinha visto mais gordo, nem mais magro, nem mais alto, nem mais baixo, enfim. Nunca tinha visto ninguém parecido. “Tudo bem?” – ele continuava com a mão no meu ombro e o sorrisão aberto. “Tud... tudo bem”. Ele ficou lá, me olhando com o sorrisão. Que sorriso enorme, cara. Parecia que ele tinha encontrado uma amigona que ele não via há tempos. E eu não fazia idéia de quem era o amigo. Fiquei meio sem jeito, não sabia se dizia pra ele ou não que eu não era quem ele pensava que eu fosse.

Pus o fone de volta, desfiz meu meio sorriso, voltei a olhar lá pra fora. Ele tirou a mão do meu ombro, não falou mais nada. Acho que ele percebeu. Mas... a pessoa que ele achou que tivesse encontrado devia ser muito importante mesmo.

Queria que alguém abrisse um sorriso daqueles quando me encontrasse. Ah, queria.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Nostalgia das letrinhas miúdas.

Que saudade de ler.

Que saudade dos meus livrinhos de criança, dos meus livrinhos de menina, dos meus livrinhos de adolescente boba. Saudade dos meus livros sérios, dos didáticos, das fórmulas de física, da classificação dos animais em biologia, do new journalism.

Saudade da Becky Bloom, do Harry Potter, da Mia e do Michael, do Marley, do Amir, da Liesel e do Ed Kennedy. Dos modernos, dos clássicos. De Shakespeare, de Talese, de Veríssimo e de Alencar. Saudade daquela sensação boa de virar aquelas folhas, do conforto até na cadeira mais dura.

Saudade daquele cheirinho de livro novo. Do cheiro, das cores, do gosto – que até o gosto dá pra sentir. De passar a mão naquela capa lisinha, no título em relevo. De carregar com orgulho o exemplarzinho querido debaixo do braço, pra lá e pra cá. De ler andando e esbarrando nas pessoas. De ler em pé no ônibus e ficar com as mãos doloridas de marcar a página e segurar ao mesmo tempo. De não prestar atenção em mais nada.

Saudade de não ouvir quando me chamam, saudade de encostar na janela num dia de frio e muito sol, com a luz batendo na página e as letras ofuscando os olhos. Saudade de recusar um passeio, de trocar a televisão ou o computador por aquelas letrinhas miúdas que constroem a história que é quase real. Saudade de viajar, de aprender, de encontrar naquelas frases o que eu gostaria de ter escrito. Saudade de sonhar.

... Faz dois meses que eu não abro um livro novo.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Foco.

Atendendo a pedidos (não), venho tirar as teias que se formam e postar em meio a uma grave crise produtiva. Criativa. Imaginativa. Ah, sei lá.

São tantos temas por aí e tantos assuntos perdidos que – meu Deus, nenhuma fonte me respondeu nenhum e-mail pro trabalho do Heitor, to ferrada! (e o trabalho do Heitor é um blog, já pensou se sem querer ele vem parar aqui e lê o nome dele e descobre que eu sou um fracasso jornalístico? Ah, eu nem quero mais ser jornalista mesmo. Acho que é outro tipo de crise) – nem sei por onde começar.

Eu podia falar do metrô – gente, acabo de lembrar que há 3 dias o meu horóscopo no Metro diz que o sol está em Kiron, Kéron, Kherin, sei lá o nome da coisa... e nooooossa o Arantes já redigiu horóscopo, fiquei besta! Mesmo porque, ahhhh o trabalho de espanhol que eu fiz no colégio que eu era a mocinha do horóscopo! Era um jornal e eu falava o horóscopo e tinha pulseirinhas brilhantes e... gente, preciso ir na lojinha de bijouterias da Brigadeiro comprar um colar prata! E preciso ir na lojinha de doce da Brigadeiro comprar um alfajor! E preciso ir no salão de beleza da Brigadeiro fazer as unhas... E tô ficando com vontade de comer brigadeiro – cheio que eu peguei hoje pra ir pro trabalho.

Eu poderia filosofar sobre o sono que eu tenho tido (e tenho, no momento) – e por que será que eu não consigo mais lembrar meus sonhos? Talvez seja porque eu ando muito cansada, ou dormindo pouco, ou acordando atrasada. E que saudade de quando eu tinha tempo para contar os sonhos no meu caderninho – e do pouco tempo que tenho tido pra dormir.

Eu poderia falar de tanta coisa, tanta coisa... que eu ia acabar não falando de nada.

Né? :}